Escarcéu - Lorena Esteves

A Revista Arara apresenta sua primeira série de vídeos de poesia declamada: Escarcéu. 

Onde poesia é resistência, insistência para existir e respirar, brotam poetas dispostos a expor sua visão sobre o fatos, sua habilidade com o verso e a conversa, seu engajamento social. 

Escarcéu é uma série de poemas autorais. São declamados por seus autores e o lugar de onde vêm estes versos é a periferia. 

Chega de silêncios. 

Escarcéu. 

POETA: Lorena Esteves

Olá, me chamo Lorena Esteves, carioca da gema, criada no Beira Mar, em Duque de Caxias desde que nasci, há 15 anos atrás. Sempre gostei tanto de arte e das formas pelas quais as pessoas a interpretam, que nem me lembro o começo dessa minha trajetória! Mas um marco que alavancou minha escrita, sem dúvidas, foi minha primeira paixão, que começou na amizade e hoje está comigo para tudo (sou muito grata por ter você). Falando de mim, não poderia deixar de mencionar Laura Conceição, Mariana Félix, Lucas Afonso, Jéssica Campos, Tawane Theodoro, Gênesis, Andréa BakFroid, Jean Tassy, Cynthia, Sant e Choice, artistas esses que me inspiram demais. Já fui doceira, hoje busco jogar profissionalmente em um time de futebol, já que minha paixão é agarrar, tenho e ainda terei muitas aptidões ao longo da vida, mas com toda certeza, a escrita sempre fará parte de mim, é o meu refúgio, nela eu me encontro em todos os momentos da minha vida, e descrevo de forma mais pura minhas sensações, me sinto 100% eu e livre para desfrutar das minhas inspirações. Agradeço de coração pela oportunidade que a revista Arara me deu de mostrar a vocês um pouco desse meu ofício que tanto amo!Exponho minhas poesias e apareço no Instagram (@esteves_lorena).

Escarcéu - Lorena Esteves

FICHA TÉCNICA

Poeta: Lorena Esteves

Direção e Imagem: Suellen Paim de Melo

Edição de video: Rute Grael

Trilha: Henrique Santos (Pakkatto)

Produção: Revista Arara

Momentos Expressos

A cor que reflete nesse água  

Mantem vivo o meu coração  

Tanta cabeça quadrada  

Em um mundo cheio de ilusão  

 
 

O céu que nos passa calor  

Chove frio quando o vento trás  

Deus te peço sente meu amor  

Que em teu nome eu encontro paz 

 
 

Vê o navio da vida que vem  

Vê a vida que no navio se vai  

Tanta gente presa na nota de cem 

quando o dinheiro acaba a máscara cai 

 
 

Teu amor julgado em um segundo  

Mesmo com anos de provas eternas  

Por você que eu atravesso o mundo  

Mesmo que tenha quebrado minhas pernas  

Falhar eternas que não vão se eternizar  

Morrer e termo de uso para indentificar o lugar  

 
 

São 2 estados e o vivo o morto  

São 2 caminhos mas a linha é tênue entre o reto e o torto  

 
 

Na vida só quero o sentimento de me sentir vivo 

E como disse Cintia luz, eu falo do amor que oro pra nunca faltar motivo  

Sant soltou o verbo no favela vive 1 e uma frase foi genial  

Se ninguém vai ser do bem bom tentemos ser menos mal  

 
 

Julgamos quem faz muito da mesma forma que julgamos quem não faz nada  

E quem vive no meio termo faz a balança ficar equilibrada 

Engolimos venenos que prometem nós dar a vida  

E quanto mais cresce ganância mais ficamos sem saída