Escritor chega ao seu 20° livro, celebrando vinte anos dedicados à literatura

Paulo Emílio Azevedo prepara pro dia 20 de dezembro, às 20h, o lançamento do seu vigésimo livro “Café com leite: inclusão como ato perverso e a desobediência dos corpos-ruínas” (Fundação PAz).   

Para além da intimidade com as palavras, Paulo Emílio tem também fascínio por números – na verdade, por feitos. Não satisfeito, o autor nos lembra que desde o seu primeiro livro “Dança de Rua contando histórias” datado de 2000, são agora exatamente vinte livros em vinte anos, média de um por ano. Tudo isso para se despedir de um ano bastante atípico conhecido por 2020. 

Em “Café com leite”, Paulo traz uma pesquisa derivada de sua Tese de Doutorado, combinando uma escrita acadêmica e ao mesmo tempo lírica. Desafio que lhe rendeu louvores nos comentários da banca, Paulo consegue consolidar uma “etnografia poética”, sem perder a devida neutralidade científica no tema em consideração. É desse modo que ele propõe ao leitor um texto que dialoga com conceitos inovadores, propondo, dentre eles, uma espécie de genealogia do protagonismo ou a evolução epistemológica da categoria “inclusão” ‘- categoria que na sua visão é um atraso para a sociedade; mais que isso, uma ilusão ou mesmo uma perversidade.  

Com um rasgo estilístico intenso que lhe é peculiar, Paulo Emílio constrói uma narrativa ensaística que perpassa pela cidade de Macaé, na qual revela uma análise detalhada do território e de seus atores sociais e projetos. Organizando o texto na forma de cenas como se fosse cinema ou teatro, o autor também está no ensaio sendo um observador participante. Para isso toma como estratégia uma revisão de literatura sobre a história do corpo e segue com uma reflexão sobre o mesmo na dança; uma dança para o corpo e não o contrário, lembra ele. 

Do nosso lado, apenas podemos dizer: um livraço que o autor nos dá de presente de Natal e que mais uma vez, assim como foram os outros quatro lançados este ano, será disponibilizado na forma de e-book pela sua Fundação. Ao final, tem-se ainda um epílogo na qual ele narra sobre o primeiro livro não publicado e um bônus gravado em formato de áudio que apresenta uma dança para se escutar, conforme um dos prêmios recebidos por Paulo Emílio.  

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Com capa/projeto gráfico de Filipe Itagiba, prefácio de Ricardo Ambrósio e posfácio de Bruno Larrubia, o lançamento está marcado para o dia 20 de dezembro (em live no Instagram do autor), às 20h.

O autor e suas obras

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Paulo Emílio Azevedo – PAz Professor, Pós Doutor em Políticas Sociais e Doutor em Ciências Sociais com especialização em Antropologia do Corpo e Cartografia da Palavra. Escritor, criador no campo das artes cênicas e consultor na área de Educação e Cultura, cuja pesquisa tem por objetivo refletir sobre outras formas de comunicação aos diversos protagonismos e redes de sociabilidade na sociedade contemporânea. 

Recebeu diversos prêmios, entre eles “Rumos Educação, Cultura e Arte” (2008/10) através do Instituto Itaú Cultural e “Nada sobre nós sem nós” (2011-12) no âmbito da Escola Brasil/Ministério da Cultura. Sendo um dos introdutores das práticas do poetry slam no Estado do Rio de Janeiro, vem desenvolvendo uma série de ações no campo da palavra falada e performance poética.  

 

Em 2018 representou o país na Journée d’Etudes Culturesarts et littératures périphériques dans les Amériques: une approche transnationale de la productionla circulation et la réception em Lyon (França). Coordena a Rede Cia Gente e orienta conteúdos para Fundação PAz – plataforma que registra e protege sua produção intelectual. Com esse completa vinte livros publicados, sendo três bilíngües. É pai de Hiago; sua obra-prima.  

Obras anteriores “É tudo tinta que sai da gente”, 2020 “A esperança é uma segunda-feira com cãibras”, 2020 “Diariologismos“, 2020 “50 poemas para esquecer o ontem”, 2020 “O Andarilho”, 2019 (port/es) “Quarenta e três ou quatro formas de nascer”, 2019 “Um corpo e uma voz: a cidade como obra de arte”, 2018 (port/fr) “Depois do silêncio, uma obra prima de amor ou ódio”, 2018 “Versos sem fim”, 2018 “Depois dos vinte, prometo escrever o romance e me chamar Machado de Azevedo”, 2017 “O amor não nasce em muros”, 2016 ”Ensaios de um poeta só”, 2015 “Notas sobre outros corpos possíveis”, 2014 “Tagarela, o penúltimo registro do slam poetry no Brasil”, 2014 (org.) “Palavra projétil, poesias além da escrita”, 2013 “Membros, a história de um corpo político que dança”, 2009 (org.) “Meninos que não criam permanecem no C.R.I.A.M.”, 2008 (port/fr) “A descoberta de talentos nas escolas municipais de Macaé”, 2002 “Dança de rua contando histórias”, 2000 .