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A poesia de Claudia Vaca Flores

A poesia de Claudia Vaca Flores

Uma entrevista exclusiva, recheada de muita poesia, da poeta boliviana Claudia Cecilia Vaca Flores, doutoranda em Educação nas áreas de Interculturalidade e Tecnologias. O relato ao poeta Julio Almada é uma reflexão sobre o mundo contemporâneo de alguém que pensa profundamente o papel da oralidade. 

Claudia Vaca Flores nasceu na cidade de Santa Cruz de la Sierra em 1984, sua família vem das montanhas, rios, cachoeiras e matas de Chiquitanos. Passou sua primeira infância entre trens, estações cheirando a goiaba, pudim, laranja, mamão e conversas de seu avô Roger Vaca Sánchez com seus colegas ferroviários.   

O trabalho de Claudia é um reflexo das águas cristalinas de Roboré de Chiquitos, Santiago de Chiquitos e dos bairros de Santa Cruz de la Sierra. Entre suas obras de poesia publicadas estão: Versos de Auga (2008, Editorial El País), Como as borboletas voam (2013) com Grupo Editorial La Hoguera, Fogo na água (2018, Editorial 3600), Pasaporte de un eLector (2019) , Grupo editorial La Hoguera). Publicou o romance Diálogos do Silêncio (2017, grupo editorial La Hoguera), o ensaio acadêmico (O livro é um território e o leitor é um habitante, Ediciones de Cultura, Museu de História Regional de la UAGRM-Bolívia e Universidad Alberto Huratdo-Chile) , colabora com colunas de análise e opinião em El Deber (Santa Cruz, Bolívia), Los Tiempos (Cochabamba, Bolívia), El Mostrador (Chile). Seu trabalho pode ser encontrado em diferentes antologias na Bolívia, Espanha e América Latina. Tem participado em vários festivais internacionais de poesia, em conferências e eventos literários e académicos na área da educação, cultura, história e literatura.   

Atualmente é investigadora e doutoranda em Educação na área da Interculturalidade e Tecnologias, com a sua investigação sobre a memória oral e o ethos da leitura em contextos interculturais e tecnológicos. 

Em breve publicará uma nova coleção de poemas e um romance, na qual vem trabalhando há 5 anos, em paralelo.

NACER  

  

Así como las redes no detienen el agua  

Así como los labios y al voz algo se va perdiendo en la memoria  

El corazón se expande cual flor nocturna  

La mente se abre cual llanto de un recién nacido 

  

(del poemario Versos de agua, 2008, Editorial El País, Bolivia 

Entrevista Exclusiva

Entrevista Exclusiva de Claudia Vaca ao poeta Julio Almada para a Revista Arara.

En tiempos de crisis del capitalismo, se destruyen los empleos para mantenerse la rueda del capital financiero y de la explotación del trabajoleyendo a su texto solidaridad delcapitalismo no puedo dejar de pensar que se requiere una resistencia más profundizada de los excluídos, qué opinas a respeto 

Se requiere una transformación profunda del modo de pensar y sentir las adversidades de este sistema, para transformarlas desde el amor, para no repetir patrones de comportamiento de anteriores siglos, donde los cambios sucedían desde la sangre y el odio. Este tiempo nos desafía a liberar esas energías desde la creación de nuevas palabras, desde la imaginación de un futuro luminoso para todos.  

Em tempos de crises do capitalismo, os empregos são destruídos para manter a roda do capital financeiro e da exploração do trabalho, após ler seu texto solidariedade do capitalismo, não deixo de pensar que é necessária uma resistência mais profunda dos excluídos, o que você pensa a respeito?    

Se requer uma transformação profunda do modo de pensar e sentir as adversidades do sistema, para transformá-las a partir do amor, para que não se repitam padrões comportamentais dos séculos anteriores, onde as mudanças aconteciam por meio do sangue e do ódio. Este tempo nos desafia a libertar essas energias a partir da criação de novas palavras, partindo da imaginação de um futuro iluminado para todos.  

¿ crees que los seres humanos hacemos parte de la naturaleza como una unidad 

Somos un todo con el todo, ello es real queramos o no, seamos conscientes o no, somos simples mamíferos con demasiado poder sobre otras vidas, lo positivo de esta crisis actual es que esto está cambiando, porque hay una nueva generación de mentes y voces que convive con ecosistemas diversos en armonía y respeto, se está cristalizando el tiempo de la integración, se están decantando viejas conductasviejos Ethos, ya podemos ver las intenciones y liderar desde allí 

 

Você acredita que nós seres humanos fazemos parte da natureza como uma unidade?  

Somos unificados com a totalidade, isto é real queiramos ou não, sejamos conscientes ou não, somos simples mamíferos com poder excessivo sobre outras vidas, o positivo desta crise é que isto está mudando porque há uma nova geração de mentes e vozes convivendo com ecossistemas variados com harmonia e respeito, está cristalizando-se o tempo da integração estão vindo à tona velhas condutas, antigos Ethos, já podemos ver as intenções e definir um novo rumo.

Qué actividades serían fundamentales para mantener una lengua como lengua viva? Particularmente aquellas que están detenidas en una etapa oral.   

Nada está detenidoeso es falácia, la oralidad es fluidez permanente, no muere uma lengua por más que mueran sus hablantes, porque la muerte de la matéria es simplemente un trânsito fugaz de trasmutación de un cuerpo lengua a outro cuerpo lengua.   

  

Siempre queda una memoria de la lengua, desde el paradigma instalado en un entorno, algo de ella queda en las células y memoria ancestral de las generaciones actuales y venideras, se trasmuta en poesia, en música, las lenguas están vivas más allá del hablante y de la escritura, tienen acceso a ella quienes han abierto su consciencia y su ser, el eje de la lengua es la consciência, y hay que trabajar la consciência antes que la estrutura idiomática, ello implica explorar el autoconocimiento, autocuidado, la lengua es un asunto ontológico, desde ahí es posible evitar a fragmentación absurda en la que nos han hecho creer 

Quais atividades seriam fundamentais para manter uma língua como língua viva? Particularmente aquelas que estão estacionadas em uma fase oral.  

Nada está estacionado, isso é uma falácia, a oralidade é fluência permanente, não morre uma língua por mais que morram seus falantes, porque a morte da matéria é simplesmente um trânsito fugaz de transmutação de um corpo língua a outro corpo língua.  

Sempre fica uma memória da língua, a partir do paradigma instalando no entorno, algo dela fica nas células e memória ancestral das gerações atuais e vindouras, se transforma em poesia, em música, as línguas continuam viva muito além dos falantes e da escrita, têm acesso a ela aqueles que abriram sua consciência e seu ser, o eixo da língua é a consciência e devemos trabalhar a consciência antes mesmo que a estrutura idiomática, isto implica explorar o autoconhecimento, autocuidado, a língua é um assunto ontológico, desde esse ponto é possível evitar a fragmentação absurda na qual nos fizeram crer.   

PAÍS BOCETO  

Proporciones de la identidad de una conciencia en el rostro   

la simetría del sujeto sujetado por el sistema y sus condiciones  

dibuja en el país-boceto  

tu conciencia y tu rostro  

tu cuerpo-país  

definiendo el tipo de visa que te  

dejará en el mejor lugar del mundo  

el que te atrevas a forjar  

uno libre en tu interior  

donde convoques tus propias riquezas  

y escribas la verdad que te alimente.  

  

 (del poemario Pasaporte de un eLector, Grupo editorial la Hoguera, 2019)  

 La poesia como expresión semântica puede ser la poesia de solo una persona  y en cuanto sonido de um proceso colectivo, ¿Cómo confrontarías esta provocación 

La poesía es esencialmente sonido, es lírica, es música, es su esencia, incluso si está tallada en una piedra, al ser observada y leída, emite sonidos, el pensamiento emite sonidos, que retumban en el entramado neurológico y en el imaginario que nos contiene y desde el cual desbordamos creatividadpoiesis permanente. No hay nada que confrontar, simplemente dejar que suceda la fricción semántica de identidades e imaginarios, que dará lugar a nuevos sonidos, enriquecerá la voz iniciática.  

 

 

A poesia como expressão semántica pode ser a poesía de uma pessoa só e quanto som seria um processo coletivo, Como você responderia a esta provocação?  

 A poesía é esencialmente som, é lírica, é música, essa é sua essência, inclusivo quando está inscrita em uma pedra, ao ser observada e lida, emite sons que retumbam no emaranhado neurológico e no imaginário que nos contém e a partir do qual desbordamos em criatividade, poiesis permanente. Não há nada a confrontar, simplesmente permitir que haja fricção semântica entre identidades e o imaginário, que dará lugar a novos sons, enriquecendo a voz iniciática.   

Mantener la concentración de las riquezas sugiere que mientras unos puedan ser hedonistas difunden la idea de una muchedumbre de estóicosPuedes comentar esta hipotesis,  quizás confrontando con tu poema Cuál es tu pobreza?  

La pobreza adquiere campos semánticos diversos si la miramos desde lo ontológico y desde lo antropológico, no todas las lenguas tienen el equivalente preciso para los significados hispanoamericanos de esta palabrael poema Cuál es tu pobreza es una evocación a las diversas concepciones que puede tener el lector en relación a esta  palabrasu historia y su entramado de significados.   

 

Manter a concentração de riquezas propõe que enquanto uns poucos possam ser hedonistas seja difundida a idéia de uma multidão de estóicos. Você pode comentar esta hipótese, quem sabe confrontando com seu poema Cuál es tu pobreza?    

A pobreza atinge campos semánticos diferentes se a vemos a partir do ontológico e do antropológico, nem todas as línguas tem um sinônimo exato para os significados hispano-americanos desta palavra. O Poema Cuál es tu pobreza evoca as diversas concepções que o leitor pode ter em relação a esta palavra, sua história e seu emaranhado de significados.  

Pobreza  

   

Complete el formulario según etnia y estado de conciencia 

   

Para un citadino es no llegar a fin de mes ni pagar el arriendo/alquiler  

no comprar un nuevo smarthphone con su propia inteligencia  

no comprar los útiles escolares del hijo fuera de plan  

   

Para un grecoromano y guaraní el destierro  

mapuche la negación y traición  

ayamará no tener amigos  

rapa nui y el inuit es el olvido  

diaguita la desintegración  

hindú, no existe esta palabraaunque esté rodeado de ella  

la trasmuta cada día en sabiduría 

   

¿cuál es tu pobreza?  

Muchos hablan del derecho de ir y venir pero hay personas en la ciudades sin ser ciudadanos y un abandono a la propia suerte de gente campesina. Eso nos hiere en la identidade cultural creo.  Cómo repensar esa realidadincluyendo toda la diversidad existente?  

Hay que pensar en términos de la urgente actualización en la administración del bien público y de nuestros recursos naturaleshablando en términos políticos y de mentirística (así le llamo a la estadística, que no es más que un cúmulo de algoritmos para interpretar aspectos genéricos de una realidad), la pobreza y las desigualdades sociales, económicas son resultado de la acumulación de capital por parte de unos pocos y la sesgada distribución de esta riqueza entre la mayoríahay elementos de la administración de las riquezas que son los que  habrá que replantear en esta nueva era que ya llegó, y el eje para transformarlo es la educaciónla celebración de la diversidad desde espacios vivenciales educativos y culturalesHay que dejar de ver al otro como víctima o como alguien que no vale por estar en un estatus de campesino, indígena o pobre, etc. hay que mirar la riqueza de cada uno, y desde ahí, dialogar, preguntar sus necesidades realesdejar de crearles respuestas desdeja arriba, como si el que “lo tiene todo” supiera lo que el otro necesitahay que mirar estas realidades desde el intercambio, el encuentro con el otrolas ausencias y presencias que coexisten en estas diversidades requieren atención y ello requiere que nos demos tiempo para mirar y respirarnos en el nosOTROS (yo en y con los otros, por eso el nosOTROS). 

Muitos falam do direito de ir e vir mas existem pessoas nas cidades sem ser cidadãos e um abandono das pessoas do campo à sua própria sorte. Isso nos fere na identidade cultural acredito. Como repensar essa realidade, incluindo toda a diversidade existente?  

Temos que pensar em termos da urgente atualização administrativa do bem público e de nossos recursos naturais, falando em termos políticos e da “mentiristica”(chamo assim a estatística, que não é mais que um conjunto de algoritmos para interpretar aspectos genéricos de uma realidade), a pobreza e as desigualdades sociais, econômicas são resultado da acumulação por parte uma minoria e a enviesada distribuição desta riqueza para a maioria, há elementos da administração das riquezas que devem ser planejados de outra forma nesta nova era que já chegou e a chave para transformar é a educação, a celebração da diversidade em todos os espaços de convívio educativos e culturais. Temos que deixar de ver ao outro como vítima ou como alguém sem valor por ter o status de camponês, indígena ou pobre, etc. Devemos ver a riqueza de cada um e daí, dialogar, perguntar quais suas necessidades reais,  deixar de apresentar-lhes respostas vindas de cima, como se aquele “que tudo tem” soubesse o que o outro necessita, ver estas realidades através do intercambio, do encontro com o outro, as ausências e presenças que coexistem nas diversidades requerem atenção e isto requer que dediquemos tempo para ver e respirar no nosOuTROs(EU em e com os outros, por isso NosOutros).

Livros da autora

¿ crees que los espacios urbanos sean ideales para la creacción poética?  

Depende de cómo se configuran esos espacioshay unos que hay otros que nosin embargo la creación poética es inminente al espacio externo, está dada por el estado poético en el cual vivimos. La poesía no es un lugar es un estado del ser, en mi experiencia.  

Você acredita que os espaços urbanos sejam ideais para a criação poética?  

Depende como estão configurados esses espaços. Existem uns que sim, outros que não… Sem dúvida a criação poética é iminente ao espaço externo, se dá pelo estado no qual vivemos. A poesia não é um lugar é um estado do ser, pela minha experiência.   

Cuentános de la diversidade de lenguas que hay en Bolívia?  

Es nuestro Xanakax, es decir la raíz de vida, el orígenlo imperecederola riqueza, el patrimonio cultural inmaterial que fluye como fluyen nuestras aguas en los ríos, cascadas, se transforma de acuerdo a sus hablantes vivos y muertos, incluso si mueren todos los hablantes de una lengua y esta quedó en la oralidad, algo perviveen las expresiones y giros conversacionalessemánticosen los dichos y en el modo de hacer y ser de cada boliviano. 

Conte-nos sobre a diversidade lingüística na Bolívia  

É nosso Xanakax, por assim dizer a raiz da vida , a origem, o imperecível, a riqueza, o patrimônio cultural imaterial que flui como as águas de nossos rios, cascatas, se transforma de acordo aso falantes vivos e mortos, inclusive quando morrem todos os falantes de uma língua e esta ficou na oralidade, algo sobrevive, nas expressões e rodas de conversação, semânticas, nos ditos e no modo de ser e atuar de cada boliviano.

Siempre escuché que Santa Cruz de la Sierra tenía un proyecto de desarrollo diferente del poder central en Bolívia, pero ambos los casos tratábase de mantenerse un poder de élites blancas (una minoria indudable). Cómo ves en  la actualidad después de los sucesos políticos recientesla posibilidad de un proyecto que incluya a los pueblos indígenas en Bolívia.   

Es falso esto, porque somos una región diversa, que congrega gente de todas partes de Bolivia y del mundo, tal vez en la época del feudalismo eso fue real, pero hoy por hoyla realidad es otra.   

Sin embargo persiste la creencia sobre lo que mencionas. Esto de los pueblos indígenas está muy politizado por diferentes frentes de poder, nadie quiere en realidad incluirlos, solo los usan para aumentar votos, pero ya nos hemos dado cuenta de que es así y no será fácil que vuelvan a ponernos en la bolsa de votos a favor o en contra. La idea misma de lo indígena, lo originario, está caducada, llevamos veinte años del siglo XXI y seguimos hablando con palabras del siglo XXI, que ademásfracasaron y tergiversaron luchas que fueron legítimas, la verdad que los polítiqueros y los economistas se encargaron de robarle la lucha por el territorio a los indígenas, cooptándoloscorrompiéndolos con vicios y dinero, debilitando sus estructuras organizativas internas, esto pasó con el MAS los años que estuvo en el poder, y sigue pasando, porque hay vicios que se encarnan y tardan en sanarse.   

En relación a la idea de Santa Cruz y las autonomíasahí los invito a leer al Dr. Valenzuela Van Treek sobre las ciudades contrapeso de América Latina, que son las que velan por ahora por los derechos territoriales y recursos naturalesquieran o no, hay una movida actualizada que propone salidas acordes al momento histórico actual que vivimos como América Latina.   

Hay mucho mito divulgado perversamente en relación al centro de poder político centralista de Bolivia y las luchas por una equitativa distribución de las riquezas del país para todo el país, en realidad lo que siempre hubo y sigue habiendo es una lucha por la distribución equitativa de los recursos, de acuerdo a densidades demográficas, transformaciones socioculturalesprocesos migratorios, es necesario mirar no solo este caso en Bolivia, si no en casi toda América Latina, cuyos países fueron configurados desde una lógica de centralismo político, porque la burguesía que hizo las guerras de la independencia y constituyó los estados-naciones absurdos que nos fragmentan como América latina, esos sujetos concentraron el poder y los recursos hasta ahora, y por ello prevalecen las desigualdades sociales, económicas y los absurdos ninguneos entre latinoamericanos, de acá, de allá y aculláel ciudadano corriente de nuestra Latinoamérica cayó ciego en el juego de poder creado hace dos siglos atrás…necesitamos superar la idea de Estado-Nación, entender que somos un todo y las fronteras solo le sirven al que cobra los visados, los pasaporteslas cédulas de identidad no se restringen a un documento que comercializa este sistema. Para lograr estohay que hacer y leer poesíaalimentarse con arte, dejar que la imaginación cree los nuevos mundos posibles, porque sabemos por experiencia propia y ajena, que lo que es posible imaginar y crear en la mente, tarde o temprano se materializa y se hace tangiblepues bien: imaginemos y creemos este mundo sin fronterassin élites, etc.  

 

 

 

Sempre escutei que Santa Cruz de la Sierra tinha um projeto de desenvolvimento diferente do poder central na Bolívia, mas em ambos casos tratava-se de manter um poder da elite branca (uma minoria sem dúvida). Como você vê na atualidade depois dos acontecimentos políticos recentes, a possibilidade de um projeto que inclua os povos indígenas na Bolívia.  

É falso isso, porque somos uma região diversa que congrega gente de todas as partes da Bolívia e do mundo, talvez na época do feudalismo isso foi real, mas hoje a realidade é outra. Porém persiste a crença sobre o que você menciona. A questão dos povos indígenas está bastante politizada por diferentes frentes de poder, ninguém quer na realidade incluí-los, somente os utilizam para aumentar votos, mas já percebemos que é assim e não será fácil que voltem a colocar-nos na bolsa de votos a favor ou contra. A ideia em si de Indigena, não será fácil que voltem a colocar-nos na bolsa de votos a favor ou contra. A ideia em si de Indigena, do autóctone, está caducada, passamos vinte anos de século XXI falando ainda com as palavras do século XX, que além do mais, fracassaram e distorceram o sentido de lutas que foram legítimas, na verdade os politiqueiros e os economistas se encarregaram de roubar dos indígenas  a luta pelo território, cooptando – os, corrompendo-os com vícios e dinheiro, debilitando suas estruturas organizacionais internas, isso aconteceu com o MAS durante os anos nos quais esteve no poder e segue acontecendo, porque existem vícios encarnados que demoram a sanar.  

Em relação a ideia de Santa cruz e as autonomias, os convido a ler ao Dr. Valenzuela Van Treek sobre as cidades contrapeso da América Latina que s{ao as que cuidam dos direitos territoriais e recursos naturais, queiram ou não, existe um movimento atual que propõe saídas de acordo ao momento histórico que vivemos na américa latina.  

Existe muito mito divulgado perversamente em relação ao centro de poder político centralista da Bolívia e as lutas pela distribuição equitativa das riquezas por todo o país, na realidade o que sempre houve e segue existindo é uma  luta pela distribuição equitativa dos recursos, de acordo a densidades demográficas, transformações sócio – culturais, processos migratórios, é necessário ver não somente este caso na Bolívia, senão em quase toda América Latina, cujos países foram configurados a partir de uma lógica do centralismo político, porque a burguesia que fez as guerras de independência e constituiu absurdos estados nacionais que nos levam a fragmentação como América Latina, esses sujeitos concentraram o poder e os recursos até agora, e por isto as desigualdades sociais e econômicas prevalecem e os absurdos preconceitos entre latino- americanos de aqui, de lá de acolá, o cidadão comum de nossa américa latina caiu no jogo de poder criado faz dois séculos…é necessário superar a ideia de Estado-Nação, entender que somos um todo e as fronteiras somente servem para cobrança de vistos, passaportes, carteiras de identidade não se restringem a um documento comercializado por esse sistema. Para conseguir isto, temos que fazer e ler poesia, alimentar- se de arte, deixar que a imaginação crie novos mundos possíveis, porque sabemos pela experiência própria e alheia, que tudo que é possível de ser imaginado e criado pela mente, cedo ou tarde será realidade, muito bem: então imaginemos e criemos este mundo sem fronteiras, sem elites, etc  

Mucho se habló en diferentes lugares de una nueva conciencia surgiendo en un post pandemia y hemos visto de manera general, aumento de la violéncia familiar, robo de recursos públicos destinados al combate al COVID y más individualismo, qué hacer para tener efectivos cambios 

En realidad no aumentó nada, pasa que se empezó a evidenciar aquello que está ahí desde hace siglos, pero que no se mira, o se camufla, porque somos cobardes, porque nos da miedo, porque somos indiferentes, porque nos hemos acostumbrado a la violencia como algo natural, y digo somos, porque directa o indirectamente estamos en el entramado de la violencia en todos los niveles, desde hace siglos lavarse las manos es un vicio, que da lugar a que culpemos al estado, al político, al fulano, sutano y mengano…..todos somos responsables de lo que está pasando.   

El desafío es asumir responsabilidades y establecer agendas personales y colectivas, agendas de nuevos hábitos, ser persistentes, autoobservarnosautocuestionarnosla autoconciencia es clave, dejar viejos hábitos es un procesorequieredecisióncoraje y determinación, no solamente es un asunto de leyes o grandes políticas, es un asunto de cada uno, desde nuestra conciencia.   

¡Cambiamos o morimos!, así de simplemorimos en el mismo cuerpo y seguimos palpitando en forma de basura que intoxica el planeta, o morimos literalmente. Cambiarnos desde las palabraslos pensamientoslas accioneslos hábitos, es tremenda tarea, de cada día, toda la vida, no es sencillo, es poetizar nuestras accionesrequiere corajeatención plena y honestidad con una misma 

Muito se falou em diferentes lugares de uma nova consciência surgindo no pós-pandemia e temos visto de maneira geral, aumento da violência familiar, roubo de recursos públicos destinados ao combate ao coronavírus e mais individualismo, o que fazer para existir mudanças?  

Na realidade não aumentou nada, acontece que se começou a evidenciar aquilo que está ai por muitos séculos, mas que não se vê, que está camuflado, porque somos covardes, porque nos dá medo, porque somos indiferentes, porque nos acostumamos a violência como algo natural, e digo somos, porque direta ou indiretamente estamos no emaranhado da violência em todos os níveis, desde muitos séculos lavar as mãos é um vício que dá lugar a que culpemos ao Estado, aos políticos, aos fulanos, aos beltranos…todos somos responsáveis do que está passando.  

O desafio é assumir responsabilidades e estabelecer agendas pessoais e coletivas, agendas de novos hábitos, ser persistentes, a auto-observação, o autoquestionamento, a autoconsciência é clave, deixar velhos hábitos é um processo, requer: decisão, coragem e determinação, não é somente um assunto de leis ou grandes políticas, é um assunto de cada um, desde nossa consciência.  

Nos transformamos ou morremos! Simplesmente assim, morremos no mesmo corpo e seguimos palpitando em forma de lixo que intoxica o planeta ou morremos literalmente.   

Transformar-nos desde nossas palavras, os pensamentos, as ações, os hábitos, é tremenda tarefa, de cada dia, toda a vida, não é fácil, é poetizar nossas ações, requer coragem, atenção integral e honestidade consigo mesmo. 

ARQUEOLOGÍA DE LA LIBERTAD

Ensayo poÉtico  

encorchetado  

en gramatizador de la historia y sus traductores  

en la política dictaminada por el peso de las ánforas  

para excavar la lengua de los sin voz   

y “arqueologizar” sus gritos  

sus células vivas superando la sordera del tiempo 

La historia del ánfora es el viaje de quien vino   

en el carnet de identidad ciudadana   

con su huella digital, su rostro serio  

obligado a irse con los dedos cortados   

la morgue del día electoral   

la excavación del ánfora  

al desencuentro con la libertad 

(del poemario Pasaporte de un eLector, Grupo editorial la Hoguera, 2019)  

PASAJES

A Emma Villazón  

  

Ruta gruta rito reto  

minuto de brújula  

en el caleidoscopio  

mirar el cielo  

el mar  

el río  

beber sus aguas  

tomar café con tren en la memoria  

tren de pasto y palmeras  

avión pausado en la nube  

movimiento silenciado en el avión  

pausa apresurada en el motor  

aterrizaje turbulento en el fondo del mar  

rezos ritos grutas   

rostros nombres  

dilu idos [van y vienenen el barco  

flotando en la marea   

viaje vetado  

moshes en el nilo  

faraón en el nilo  

viaje migrante hilvanando el verso  

aliento versando el vuelo  

callado en el ojo de la aguja  

iniciando la costura de estos bordes fronterizos   

entre el país vida y el país muerte 

(del poemario PasaporteAndesgraund Ediciones 2019, Chile)  

LAVADOS    

Han lavado tantas veces este mundo  

diversas monedas e imperios  

en agua roja de batallas  

agua marrón     sangre de árboles  

transparente en lágrimas de niñez  

  

agua negra de petróleo derramado en los mares  

en esqueleto de pez salmón trucha merluza trucho pintao y jaguar  

[…]  

agua lavando la piel de los peces y jaguares para servir en la mesa  

cual menú con proteínas  

mientras seguimos pensando  

¿con qué moneda lo lavamos esta vez?  

  

 (del poemario Pasaporte de un eLector, 2019, Grupo editorial La Hoguera 

Sobre a autora

Claudia Cecilia Vaca Flores (Santa Cruz de la SierraBolivia, 1984). Hija de Neusa Rosely Vaca, casada con Veranika Lis. Es filóloga (UAGRM, Santa Cruz de la Sierra Bolivia), Magister en Ética Social y Desarrollo Humano con la tesis Ethos LectorLeer es un acto poÉtico y político (Universidad Alberto Hurtado, Santiago de Chile (Becas Adveniat de Alemania y Fondecyt Chile 2017-2018), estudió Relaciones Internacionales (NUR). Se especializó en Gestión Sociocultural por The Golda Meir Monte Carmel Center en Haifa-Israel (Becas OEA) y en educación intercultural (Becas WHY Bolivia y United World College (UWC).   

Claudia Cecilia Vaca Flores (Santa Cruz de la SierraBolivia, 1984). Hija de Neusa Rosely Vaca, casada con Veranika Lis. Es filóloga (UAGRM, Santa Cruz de la Sierra Bolivia), Magister en Ética Social y Desarrollo Humano con la tesis Ethos LectorLeer es un acto poÉtico y político (Universidad Alberto Hurtado, Santiago de Chile (Becas Adveniat de Alemania y Fondecyt Chile 2017-2018), estudió Relaciones Internacionales (NUR). Se especializó en Gestión Sociocultural por The Golda Meir Monte Carmel Center en Haifa-Israel (Becas OEA) y en educación intercultural (Becas WHY Bolivia y United World College (UWC).   

Actualmente es doctoranda en Educación en la Universidad Católica de la Santísima Concepción de Chile, con el proyecto doctoral Pedagogías de la lectura en contextos interculturales y en la sociedad de la información (Beca Docente Universitaria en la UCSC-Chile). Es miembro correspondiente de la Academia Boliviana de Literatura Infantil y Juvenil ABLIJ) y fundadora del Colectivo LEE, junto a la escritora Jéssica Freudenthal 

Ha sido profesora de literatura y lenguajeen nivel primariosecundariouniversitario ha desarrollado talleres de literatura y escritura creativa en Bibliotecas, centros culturales, ha coordinado y dirigido proyectos pedagógicos, educativos, culturalesliterarios en Bolivia. Ha sido investigadora Fondecyt-Chile como tesista UAH-Chile, ha realizado consultorías en sistematización y análisis de entrevistas para la SUBDERE-Chile (2017-2018), documentos oficialesen educación intercultural con CONADI-Chile (2018-2019) y APCOB-Bolivia (2008-2009), facilitación de aprendizaje y liderazgo con jóvenes, educadores y familias de Bolivia, Chile, Argentina, Uruguay 

Publicó los poemarios Versos de Agua (Editorial El País, 2008), Como vuelan las mariposas (Grupo editorial La Hoguera, 20123), Incendio en el agua (Editorial 3600, 2018), la novela Diálogos del silencio (Grupo editorial La Hoguera,2017), el manual didáctico de educación Profes fuera de la caja (Grupo editorial La Hoguera,2019), el poemario Pasaporte de un eLector (2019), el poemario Pasaporte (Andesgraund Ediciones, 2018), el ensayo académico El libro es un territorio y el lector un habitante (Universidad Autónoma Gabriel René Moreno y Universidad Alberto Hurtado-Chile, 2019).  

Su obra literaria y académica está en diferentes antologías de Latinoamérica y revistas universitarias de Bolivia, Chile, Brasil y Uruguay. Ha participado en festivales internacionales de poesía en Santa Cruz de la sierra, Buenos Aires, Montevideo y Santiago de Chile, así mismo en congresos de literatura y educación en Buenos Aires (Argentina), Montevideo (Uruguay), Sao Paulo (Brasil). Es columnista en diarios de Bolivia El Deber, Los Tiempos y El Mostrador de Santiago de Chile.   

Sobre o entrevistador

Julio Urrutiaga Almada é poeta, escritor, professor universitário, tradutor literário, dramaturgo e ator. Transeunte do Mundo. Identificado com a realidade latino-americana. Geminiano com ascendente em peixes e lua em câncer (marte em sagitário e vênus em Touro).  
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