Como policial, André Luiz trabalhou em importantes delegacias da capital paulista, como nos Jardins (78 DP), Mooca (57 DP e 8 DP), Santa Cecília (77 DP) — sendo esta que abrange a área da Cracolândia, atuando no local de 2013 a 2019. Além disso, ainda trabalhou no Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) e no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
“Posso dizer que aprendi muito em todos estes lugares, uma vez que sempre fui policial de frente, secretariando inquéritos e em plantões. Então, quando escrevo o que escrevo, pode ter certeza que tenho autoridade, pois vivi, pois trabalhei, pois me dediquei e fiquei muito próximo a marginais e outras pessoas que mais precisavam de atenção do que corretivos”, frisa o autor. “Era olho no olho. Dava para sentir a respiração. Essa experiência toda se tornou material de estudo e, em consequência, textos, muitos textos”, frisa, calculando que tenha ouvido mais de 30 mil pessoas em seu ofício.
Como é formado em filosofia, André Luiz faz uso da ciência do pensamento para investigar gestos, ações e crenças. Platão, Sócrates, Aristóteles, Santo Agostinho, Descartes e Nietzsche são suas principais referências literárias, embora confesse que para esse “Manual”, não tenha inspiração de uma obra específica, mas de sua rotina na Delegacia de Polícia.
O autor passou a escrever em 2014 – publicando em redes sociais sob incentivo de sua esposa, Joana Marcela. Desde então, ele não parou mais e mantém o ritmo: escreve uma média entre 5 e 6 livros todos os anos. Seu próximo livro, “Pescador de Ilusão’’, será lançado pela mesma editora.