Fugindo da perseguição e preconceito, migrou para São Paulo, e viveu na favela do Canindé, após as remoções das populações de rua de São Paulo no governo de Ademar de Barros, de onde provavelmente retirou a noção de despejo que iria inspirar seu best-seller. Trabalhou como catadora de lixo e construiu sua própria casa, usando madeira, lata, papelão e qualquer outro material que encontrasse. Saía todas as noites para coletar papel a fim de conseguir dinheiro para sustentar a família. Quando encontrava revistas e cadernos antigos, guardava-os para escrever em suas folhas.
“…. Há de existir alguém que lendo o que eu escrevo dirá… isto é mentira! Mas, as misérias são reais.” Carolina de Jesus
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Biblioteca Carolina Maria de Jesus
Na década de 2000, foi inaugurado no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, o Museu Afro-Brasil, cuja biblioteca leva o nome de Carolina Maria de Jesus. A biblioteca possui cerca de 6.800 publicações com especial destaque para uma coleção de obras raras sobre o tema do Tráfico Atlântico e Abolição da Escravatura no Brasil, América Latina, Caribe e Estados Unidos. A presença afro-brasileira e africana nas artes, na história, na vida cotidiana, na religiosidade e nas instituições sociais são temas presentes na biblioteca. Várias destas obras raras estão disponíveis para leitura