O Teatro que revoluciona a linguagem

A Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz surgiu em 1978 com a ideia de subverter a estrutura das salas de espetáculos e levar o teatro para a rua. 
A determinação em experimentar novas linguagens com base nos preceitos de Antonin Artaud e do teatro revolucionário abriu novas perspectivas na tradicional performance cênica do sul do país investigando com rigor todas as possibilidades da encenação.  
Desenvolveu uma estética própria fundada na pesquisa dramatúrgica, musical, plástica, no estudo da história e da cultura, na experimentação dos recursos teatrais a partir do trabalho autoral do ator, estabelecendo um novo modo de atuação. 
O centro de produção do coletivo, a Terreira da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, ocupa lugar de destaque entre os espaços culturais do Estado, sendo igualmente apontada como uma referência de âmbito nacional. Funciona como escola de formação de atores e, principalmente, como ponto de aglutinação de pessoas e profissionais dos mais diversos segmentos, fomentando a criação artística em diferentes áreas. 
Teatro Expressionista​​
 
Antoine Marie Joseph Artaud, conhecido como Antonin Artaud (Marselha, 4 de setembro de 1896 — Paris em 4 de março de 1948) foi um poeta, ator, escritor, dramaturgo, roteirista e diretor de teatro francês de aspirações anarquistas. Ligado fortemente ao surrealismo, foi expulso do movimento por ser contrário a filiação ao partido comunista. Sua obra O Teatro e seu Duplo é um dos principais escritos sobre a arte do teatro no século XX, referência de grandes diretores como Peter Brook, Jerzy Grotowski e Eugenio Barba. Seus restos mortais se encontram no Cimetiere de Marseille, França. 
No livro “Teatro e seu Duplo” (Le Théâtre et son Double), de 1935, escreveu sobre a importância do grito, da respiração, e do corpo como lugar primordial do ato teatral. 
Artaud acreditava que o teatro deveria ser para o público uma estética de mágica e energia, encenada além dos espaços teatrais convencionais. Acreditava que, desta forma, o público poderia se confrontar com sua própria subjetividade. 
Em 1969, Gilles Deleuze publicou “Como construir um corpo sem órgãos”, estruturado sobre a noção de corpo no teatro performático que Artaud apresentava em sua peça de rádio, repleta de grunhidos. Para Deleuze, a mensagem da peça alcançava o ouvinte em seu âmago, forçando-o a romper sua letargia, e manifestar ideias e desejos.

Ói Nóis Aqui Traveiz

Conheça a história da tribo de atuadores e assista ao trailer de espetáculos de teatro de rua desenvolvidos pelo grupo.

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