Poemas de Paulo Roberto
Formado em Letras – Português, Paulo Roberto tem imensa paixão à Literatura e Artes Plásticas. Publicou recentemente o Livro, Pôr dos Sonhos pela editora Multifoco com o pseudônimo (Bebetto), curador das exposições Selva Sem Lei I e II e do projeto de graffiti, Arte em Trânsito, também é membro dos grupos de Artistas: Celeiro Literário, Academia Planaltinense de Letras DF, Academia de Letras de Sobradinho DF e Conselho de Cultura da Fercal DF
Nostalgia
Quando você pelo amor cruzar,
aquele crisântemo virtuoso
deixe-lhe o sonho, além de desejo,
deixe-lhe aquilo que lhe faz falta.
Ele também é criatura fatal,
idolatria de assassinos
até mesmo o sofrimento
flerta com Afrodite.
Como explicar a ausência
se ausência não se explica?
O nada é ausência
e a ausência é saudade.
Old School
Aquele maluco do bar que tocava rock’ n roll
tinha olhar suicida
e duas garrafas de Orloff
sobre a mesa.
Aquele maluco do bar que tocava rock’ n roll
fumava Marlboro
e quando parava,
bebia Jack Daniel’s.
Ele tinha um mar de tatuagens
pelo corpo, mas odiava tatuadores
ou outros sujeitos anarquistas.
Aquele maluco do bar que tocava rock’ n roll
tinha ódio dos punks,
tinha soqueiras e facas escondidas no coturno,
devia dinheiro aos traficantes
e também às putas,
corria pelado na frente da igreja
quando dava na telha,
tomava remédio controlado
esperando sair do controle
e tinha mania de urinar nos postes feito cachorro.
Aquele maluco do bar que tocava rock’ n roll…
Manhã de domingo
A vida é tão bela
quanto pinga de boteco,
ou pão com mortadela.