cavaleiro do instante infinito
portador das marcas da febre
pulsante ao avacalhar a linguagem
troça do leão e da lebre
cavaleiro da apóstrofe infame
imaculado no ritmo da dor e da injustiça
troçando da fama e da pompa
sua cor é o vermelho mais sujo
e o laranja que escorre das fuças
cavaleiro da vida atroz
impulsiona o vórtice da poesia
ferve pulso na caldeirada do sabor
e no corpo tatua cada momento
escande a porção de sol no galope insano