, pelas três décadas e três anos já,
acho que o tenho feito com o grande esmero, o tenho feito com o imenso fastio,
à la palhaço,
você é tipo minha filha abusada tem vários silêncios,
te arrasto por toda parte,
minha fantasma, minha escrava, meu objeto abstrato de bolso,
faça-me o favor, sim, por favor, diz, por amor dos deuses todos mortos,
dos super-homens mesmo, eles também, eles também estão consideravelmente mortos,
nesse tempo, quando estou a comer a carne dos porcos, a lavar a roupa
feito a pessoa qualquer sofre pela jihad de ter uma jihad, mesmo uma jihad poética,
carece mesmo de conjugar seus próprios mil Os Verbos,
seguir O Evangelho Segundo FGAM, crer no cristo qualquer, quando o cristo qualquer é
O Grande Constrangedor Constrangido, feito qualquer outro cristo qualquer, tipo o pão esfarelou,
dizendo que venham a mim, que venham a mim os fudidos dos enfermos,
ainda que eu seja O Grande Enfermo Fudido também,
quando te fiz os interrogatórios,
os afogamentos,
os eletrochoques, a poesia do futuro é um novo ramo de… comédia escroto-solene,
tenho praticado a falta de amor ao próximo ––bem,
a cólera mesmo… os poetas do presente… todos, Os Imbezís da Burrisse Sem Fim…
eu faço a poesia da nova e eterna aliança, as “novas” escrituras…
bem muito a-su-por-tor-lá-rá, amar-lo-a-lo-ei-lá-rá,
faça-me o favor, então, por favor….
me diz, quando estou a ver este infinito que eram prateleiras de sabão em pó nos supermercados,
apodrecendo-mer-mando-me todos Os Rostos,
a brutalizar-lar-te a bucetinha, a cauterizar-lar-te o clitóris…
como fica bastante suportável viver
feito explodindo a boca com Os Balões Vermelhos subindo, subindo, subindo.