Conhecido por suas fortes convicções políticas, Rivera, importante muralista mexicano, sozinho, mudou a forma da arte de sua nação.
Diego María de la Concepción Juan Neponuceno Estanislao de la Rivera y Barrientos Acosta y Rodrigues nasceu na cidade de Guanajuato, no México, no dia 8 de dezembro de 1886.
Em 1910, teve sua primeira exposição de sucesso na Cidade do México. No ano seguinte, retornou à Europa e se estabeleceu em Paris. Seus principais contratos artísticos nessa época eram com os russos.
Em Paris, Rivera foi influenciado pelo trabalho dos cubistas, como podemos observar na pintura ” Retrato de Duas Mulheres”, mas em 1917 rompeu com esse estilo artístico.
Em 1919, viajou para a Itália, onde descobriu os afrescos de grandes artistas. Dois anos depois, ele retornou ao México, onde usou o afresco ao pintar murais. Embora tenha adotado essa técnica clássica, Rivera abandonou o estilo europeu para um visual novo e popular, influenciado pelos astecas, cubistas e por Henri Rousseau. Durante este período, ele se juntou ao Partido Comunista e sua afiliação política inspirou os estudantes de direita a uma revolta com a Escola Nacional Preparatória onde Rivera estava trabalhando.
Em 1923, Rivera passou a trabalhar em uma série de murais para o Ministério da Educação. Seu trabalho foi muito criticado devido ao seu conteúdo político, mas atraiu atenção em países do exterior.
Em 1927, foi convidado pela Rússia a participar do décimo aniversário da Revolução. Ele concordou em pintar um mural para o Clube do Exército Vermelho em Moscou, mas encontrou dificuldades e diferenças de opinião enquanto trabalhava. Um ano depois, foi mandado para casa pelo Secretariado Latino-Americano do Comintern e, em 1929, foi demitido do Partido Comunista.
De volta ao México, Diego se casou com Frida e criou algumas de suas obras mais importantes ao pintar inúmeros afrescos no Palácio de Cortez.
Em 1931, Rivera e Kahlo viajaram para Nova York, onde se tornaram celebridades depois que a retrospectiva de Rivera no MOMA quebrou todos os recordes de público. O maior escândalo de sua carreira, ocorreu nesta viagem quando retratou Lenin em um mural para o Centro Rockefeller. Rivera não foi autorizado a concluir o trabalho, que acabou sendo destruído. Depois do tumulto em torno desse mural, ficou difícil para ele encontrar comissões.