Nascido no Rio de Janeiro em 1927, migrou ainda criança para o Mato Grosso, onde funda com outros companheiros, em 1948, um movimento que procurava intensificar a experiência da imagem poética. O manifesto do Movimento Intensivista foi publicado em 1951, no número inaugural do jornal Sarã.
Revolucionário, desenvolve métodos que repensam o poema para além de sua dimensão de signo linguístico, transformando o livro ou qualquer outro suporte em poemas manipuláveis pelo leitor.
Retorna à capital fluminense no florescer do movimento da poesia concreta, em conjunto com Haroldo de Campos, Décio Pignatari, Augusto de Campos, Ronaldo Azeredo e Ferreira Gullar. Ao lado desses poetas e de 22 artistas plásticos, participa da Primeira Exposição Nacional de Arte Concreta realizada em dezembro 1956 no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP).
Bastante crítico em relação à objetividade construtiva, o autor investe em um pensamento gráfico que confronta a leitura ao universo das imagens e suscita a pessoalidade da ação do leitor sobre o poema.