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A trajetória poética de Ana Cristina César

Foto sem dataAna Cristina CÈsar, poetisa.

Ana Cristina César

Estou atrás

do despojamento mais inteiro
da simplicidade mais erma
da palavra mais recém-nascida
do inteiro mais despojado
do ermo mais simples
do nascimento a mais da palavra.
– Ana Cristina Cesar (28.5.69), em “Inéditos e dispersos”. [organização Armando Freitas Filho]. São Paulo: Editora Ática/IMS, 1999.

Mocidade Independente

mocidade independente
Pela primeira vez infringi a regra de ouro e voei pra cima sem
medir as consequências. Por que recusamos ser proféticas? E
que dialeto é esse para a pequena audiência de serão? Voei
pra cima: é agora, coração, no carro em fogo pelos ares, sem
uma graça atravessando o estado de São Paulo, de madrugada, por você, e furiosa: é agora, nesta contramão.
Ana Cristina Cesar / a teus pés

Aos nove anos, Ana Cristina já se considerava autora. O aviso na capa de um de seus cadernos adverte o leitor

Antigos e Soltos – Poemas e Prosas da Pasta Rosa
Ana Cristina César

Expoente da geração da poesia marginal, com uma escrita atravessada por elementos do cotidiano e também aspectos da própria intimidade. Viveu um tempo em Londres, escreveu para revistas e jornais alternativos, lançou livros em edições independentes, escreveu muitas cartas e trabalhou na televisão.

A poeta Ana Cristina Cesar foi homenageada na Festa Literária Internacional de Paraty, em sua décima quarta edição. Confira o documentário sobre a escritora produzido pelo Jornal Futura.

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