- Escarcéu – Leona Kali
- Escarcéu – Jatobá
Escarcéu - Leona Kali
A Revista Arara apresenta sua primeira série de vídeos de poesia declamada: Escarcéu.
Onde poesia é resistência, insistência para existir e respirar, brotam poetas dispostos a expor sua visão sobre o fatos, sua habilidade com o verso e a conversa, seu engajamento social.
Escarcéu é uma série de poemas autorais. São declamados por seus autores e o lugar de onde vêm estes versos é a periferia.
Chega de silêncios.
Escarcéu.
POETA: LEONA KALI
Taiane Gomes, conhecida como Leona Kalí, é artista multifuncional. Escritora e poetisa desde a infância. Iniciou sua carreira em sua cidade natal, Rio de Janeiro, na favela da Maré em 2014.
Conheceu os projetos Percussão Maré, fazendo descobertas musicais e se aperfeiçoando como caixista e Entre Lugares Maré, onde iniciou o estudo de teatro e atua como atriz desde então, tendo diversas cenas curtas e espetáculos.
Suas pesquisas e artes se materializam através de particularidades, sentimentos e vivências de mulher preta favelada. Seus trabalhos e telas estão todos em rede social onde compartilho um pouco de suas inquietações.
REDES: Instagram.com/leonakali – Facebook.com/leonaplease – Youtube.com/leonakali
FICHA TÉCNICA
Poeta: Leona Kali
Direção e Imagem: Suellen Paim de Melo
Edição de video: Rute Grael
Trilha: Henrique Santos (Pakkatto)
Produção: Revista Arara
OPERAÇÃO
É só pow pow pow
Eu ouço o palala
É o barulho que ecoa com a policia militar
Mais um dia na favela, o tiro ta comendo
Uma bala achada, significa um preto morrendo
E a gente se pergunta, porra, mais uma vez?
Amanhã ou outro dia, pode ser eu, talvez
É isso que eu penso e não me conformo
Olho pro céu, rezo, rogo
Pedindo proteção
Mas no dia seguinte tem outra operação
Policial, qual é sua obrigação,
Proteger o povo ou dizimar uma
Nação?
Meu povo ta morrendo, o sangue não para de jorrar
Eu só quero que minha mãe chegue bem em casa
Porque ela pode sair e nunca mais voltar
Chega! Parem de nos matar
O preto sempre é o alvo e isso precisa acabar
Seguimos resistindo, pra te contrariar
A favela pede paz, nós não vamos nos calar