Créditos de Imagem: Vina Leal
Os Últimos Escolhidos do Futebol une rock e brasilidade
As inspirações não poderiam ser mais brasileiras: Novos Baianos e Jorge Ben Jor. Os rapazes de Bauru (SP) homenageiam a sua cidade com o single "Bom Bom", que fala sobre a história e indaga: tá tudo bom, de verdade? O samba-rock inaugura uma nova fase da banda, que ainda contará com mais alguns singles e clipes nos próximos meses, em busca de unir diversidade musical e bom humor.
As guitarras do indie rock se encontram com o cavaco, percussão e garrafone no single “Bom Bom”, da banda Os Últimos Escolhidos do Futebol (SP). A música traz forte influência do samba-rock de Jorge Ben Jor e Novos Baianos e demonstra a inventividade e bom humor do grupo bauruense. Alegre, a canção é uma homenagem à cidade natal, Bauru, no interior do estado de São Paulo, e provoca reflexões. O single é um lançamento independente e já se encontra disponível nas principais plataformas de streaming.
“Bom Bom nasceu como uma canção bem-humorada, política e debochada. Fala diretamente sobre os tempos difíceis que o Brasil e o mundo enfrentam nos últimos meses, mas sem perder a oportunidade de celebrar o caos. Um samba com elementos do rock formam sua estrutura musical, em uma canção que tem vários “momentos” marcantes: seja pela celebração em coro entre amigos que inicia e encerra a música, pelo solo do trompete cremoso ou pelas percussões de garrafas”, analisa Sinuhe LP, vocalista.
A faixa “Bom Bom” propõe que o problema local é o problema global. Para chegar a esta conclusão, Os Últimos Escolhidos do Futebol usam Bauru como exemplo: falam dos percalços atuais e relembram os fatos históricos da cidade.
“Eventos e locais carimbados da cidade são trazidos à tona, como a explosão de uma avenida na visita do ditador Geisel a Bauru (1976); o assassinato hediondo da menina Mara Lúcia (1970); o famoso Bauru Atlético Clube (BAC); o bordel nacionalmente conhecido de Eny Cezarino, etc. É um convite ao ouvinte olhar para trás e reconhecer o mesmo padrão, os mesmos causos do passado que se repetem no presente e dizer: tá tudo muito bom?”, questiona Sinuhe.
O single é uma composição de Sinuhe LP e João Albino e foi gravado no estúdio Motiv (Bauru/SP). A pré-produção musical foi de João Albino, enquanto a produção musical foi realizada pela banda juntamente ao produtor Lucas Dias. A gravação ficou por conta de Lucas Dias, com mixagem de Thiago Baggio. A masterização foi responsabilidade de Mauricio Gargel (Maurício Gargel Audio Mastering), já a produção operacional foi de Thales Coelho.
A foto de capa é de autoria de Eric Solon, pós-produzida por Matheus Bianchi. Enquanto as fotos de divulgação são de Nina Leal. Também participaram da faixa os músicos Thainan Augustinho (trombone), Ruan Augustinho (trombonito), Samuel Alcântara (trompete) e Lucas Rodrigues (saxofone).
Crédito de Imagem: Eric Solon
Os Últimos Escolhidos do Futebol é formado pelos músicos João Albino (voz, guitarra e cavaco), Pedro Nunes (voz e violão), Paulo Nunes (voz, bateria e percussões) e Léo Pacheco (voz e baixo), além de Sinuhe LP (voz). O tanto de referência aos anos 70 na música se encaixa com o samba-rock proposto pela banda. A estética setentista também continua nas imagens que acompanham o single, resultado de uma sessão de fotos em um boteco em Bauru, com foco em itens kitsch oriundos do lugar, tais como coxinhas de frango na estufa, uma imagem de São Cosme e São Damião em cima da geladeira, uma planta “Comigo-ninguém-pode” e um disco dos Novos Baianos.