Confira um trecho da obra:
“As pessoas temem me contrariar, não questionam mais as coisas que faço e facilitam essa loucura. E nem imaginam os absurdos que já cometi, principalmente nesse apartamento. Coisas como: escovar os dentes com a escova do meu filho morto, passar o batom que encontrei no fundo do seu armário, que devia ser de uma de suas ex-namoradas, espirrar o seu perfume nas plantas do prédio, jogar pela janela uma foto minha recente e depois uma de Heitor e sua nova família — não pela janela da sala, de onde Marcos se jogou, mas pela janela do quarto. Quando perguntam de mim, são sempre poucas perguntas, no máximo três.”