Roberto Batalha Menescal é capixaba, nasceu em Vitória, no Estado do Espírito Santo, em 1937.
Instrumentista, arranjador, compositor, cantor e produtor musical. Aprende a tocar acordeão e dedica-se ao violão como autodidata. Posteriormente, estuda teoria e harmonia com Guerra-Peixe e Moacir Santos. Em Copacabana, frequenta as reuniões musicais no apartamento de Nara Leão acompanhado de Ronaldo Bôscoli. Juntamente com Carlos Lyra, abre uma academia de violão. Aos 20 anos, estreia profissionalmente ao lado de Sylvinha Telles. Em 1958, forma o Conjunto Roberto Menescal, que acompanha vários artistas e, posteriormente, é contratado pela TV Rio. Ao longo de sua carreira, Menescal produz vários discos da parceira e amiga Nara Leão.
Em 1958, participa do show no Grupo Universitário Hebraico, no Flamengo e, em 1960, do show A Noite do Amor, do Sorriso e da Flor, na Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio de Janeiro. No ano seguinte, a música O Barquinho, parceria com Ronaldo Bôscoli, é gravada no LP homônimo de Maysa. Participa da turnê nacional e internacional de divulgação do disco. Em 1962, apresenta-se como cantor no Festival de Bossa Nova, no Carnegie Hall, em Nova York.
Ao longo da década de 1960, lança os LPs Bossa Session (1964), com Sylvinha Telles e Lúcio Alves; Bossa Nova – Roberto Menescal e seu Conjunto (1966); Surf Board (1967); A Nova Bossa de Roberto Menescal (1968); e O Conjunto de Roberto Menescal (1969). Entre 1964 e 1968, atua como produtor e arranjador de discos. Em 1968, Menescal e Elis Regina se apresentam no Mercado Internacional do Disco e Editores Musicais (Midem), em Cannes, e excursionam pela Europa. André Midani o convida para trabalhar na PolyGram. Torna-se diretor artístico e produz discos de Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, Chico Buarque, Nara Leão, Maria Bethânia e Jorge Benjor, entre outros. Suas interpretações são incluídas em trilhas de novelas e filmes e, com Chico Buarque, compõe a canção Bye, Bye, Brasil (1979) para o filme homônimo de Cacá Diégues.
Em 1985, ao lado de Nara Leão, retoma a carreira de instrumentista em apresentações no Brasil e no exterior. Lança o LP Um Cantinho, um Violão – Nara Leão e Roberto Menescal, que faz sucesso no Japão, onde os convidam para shows e a gravação do CD Garota de Ipanema. No ano seguinte, deixa a PolyGram e dedica-se exclusivamente à carreira de violonista, arranjador e compositor. Em 1991, presta depoimento para o programa Ensaio, da TV Cultura de São Paulo.
Na década de 1990, grava os discos Roberto Menescal (1991), Ditos & Feitos (1992), Eu e a Música (1995) e Estrada Tokyo-Rio (1998), sendo esses dois com Wanda Sá. Em 1997, funda a produtora e gravadora Albatroz, pela qual lança CDs de Danilo Caymmi, Oswaldo Montenegro e Emílio Santiago. Em 2001, participa do Fare Festival, na Itália. Lança Bossa entre Amigos com Wanda Sá e Marcos Valle. Com o conjunto Bossacucanova compõe a faixa título e grava o CD Brasilidade. Dois anos depois, Menescal e Cris Delanno lançam o CD Eu e Cris. Em 2005, divide o palco com Wanda Sá e Miéle no show Benção Bossa Nova e atua como narrador do documentário Coisa Mais Linda – Histórias e Casos da Bossa Nova, de Paulo Thiago. Em 2008, apresenta-se com Andy Summers. Três anos depois a dupla lança o DVD United Kingdom of Ipanema.
(Fonte: Itaú Cultural)