Poema de Juliana Hollanda D'Avila ​

Alegorias

quando se tudo fantasma  

 

as grandes crianças tendo sucesso na escola 

 

todo tipo de coragem e a juventude 
nem sempre é tempo de parar de fumar 

 

mas uma hora a gente consegue  

 

como em terremoto 

 

tirar vício do lugar 
 
 

 

nem sempre tudo é vento flor montanha 

 

nem tudo é dentista sonho tiro exaustão 

 

nem todo momento é desculpa 

 

nem agora culpa 
 
 

 

em outro tempo preocupação 
 
 

 

o que sabemos da tecnologia? 

 

os benefícios superam o que é ruim? 

 

 
até quando tocar um trombone desafinado e sem propósito? 

 

até buscar o que? 

 

 
quantas as dificuldades em entender que cada um é um mundo? 
 
 

 

ao alcance de todos; os lugares, as culturas, todas as épocas,  

 

a filosofia 
 
 

 

vinte e cinco cartas de um jogo 

 

todas as músicas 
 
 

 

um lápis 

 

 
 

 

uma playlist 
 
 
— 
 
 
cada pessoa uma multidão 
assumindo heroicamente um ar de animação 
abrindo a porta de todo caminho de volta 
uma combinação do outro lado da mesa 
iluminado pelo sol, o ruído do tráfego 
 
seu lento ziguezaguear 
 
— 
 
cada pessoa o desejo impagável 
alguns segundos de luta antes de virar o rosto, 
o alívio ao longo da lateral do edifício 
a verdade, o oculto, 
 
vantagem seletiva povoada de intensidades 
 
— 
 
viajantes em busca de algum lugar para ficar 
live de amarras 
para sair do lugar 
 
                        
 
                             aquelas ruas compridas 
 
                                             apostas muito altas para correr riscos, 
                                             ninguém faz compras numa loja de conveniência, 
                                                                                
                                                                                                 por conveniência” 

 

 

 

— 
  

 

Juliana Hollanda D’Avila
Prosa e Poesia e Vice Versa  juliana-maravilha-300x300 Poema de Juliana Hollanda DÁvila

Rat-musa, Madame Kaos, poeta e carioca, Juliana Hollanda é autora de “Acordei num Iceberg” (Ibis Libris, 2008), “Entre sem bater” (2010) e “Vertentes” (2012) de 1978. Compõe a dupla “Ju & Juju” (com Justo D’Avila) e participou de diversos projetos e encontros poéticos desde 2005, como o Ponte de Versos, o CEP 20.000 e o Ratos Di Versos.

Ter a Certeza Que Doemos

Radiocaos Piada Louca Leprevost, com Juliana Hollanda – Ter a Certeza Que Doemos Lançamento do Livro Piada Louca, de Sergio Viralobos. Gravado ao vivo no Estúdio Hanoi – RJ em 20-11-2015 Curadoria do Encontro – Tavinho Paes Imagens – Maringas Maciel e Samuel Ferrari Lago Captação e Edição de Som – Rodrigo Homem Del Rei Edição e Finalização – Samuel Ferrari lago Agradecimentos – Arnaldo Brandão e Ari Silveira Radiocaos são Samuel Ferrari Lago e Rodrigo Homem Del Rei www.radiocaos.com.br
 
 

O Meio Das Minhas Pernas Lateja

Radiocaos Piada Louca - Juliana Hollanda - O Meio Das Minhas Pernas Lateja

Radiocaos Piada Louca Juliana Hollanda – O Meio Das Minhas Pernas Lateja Lançamento do Livro Piada Louca, de Sergio Viralobos. Gravado ao vivo no Estúdio Hanoi – RJ em 20-11-2015 Curadoria do Encontro – Tavinho Paes Imagens – Maringas Maciel e Samuel Ferrari Lago Captação e Edição de Som – Rodrigo Homem Del Rei Edição e Finalização – Samuel Ferrari lago Agradecimentos – Arnaldo Brandão e Ari Silveira Radiocaos são Samuel Ferrari Lago e Rodrigo Homem Del Rei www.radiocaos.com.br