quando se tudo fantasma
as grandes crianças tendo sucesso na escola
todo tipo de coragem e a juventude
nem sempre é tempo de parar de fumar
mas uma hora a gente consegue
como em terremoto
tirar vício do lugar
nem sempre tudo é vento flor montanha
nem tudo é dentista sonho tiro exaustão
nem todo momento é desculpa
nem agora culpa
em outro tempo preocupação
o que sabemos da tecnologia?
os benefícios superam o que é ruim?
até quando tocar um trombone desafinado e sem propósito?
até buscar o que?
quantas as dificuldades em entender que cada um é um mundo?
ao alcance de todos; os lugares, as culturas, todas as épocas,
a filosofia
vinte e cinco cartas de um jogo
todas as músicas
um lápis
uma playlist
—
cada pessoa uma multidão
assumindo heroicamente um ar de animação
abrindo a porta de todo caminho de volta
uma combinação do outro lado da mesa
iluminado pelo sol, o ruído do tráfego
seu lento ziguezaguear
—
cada pessoa o desejo impagável
alguns segundos de luta antes de virar o rosto,
o alívio ao longo da lateral do edifício
a verdade, o oculto,
vantagem seletiva povoada de intensidades
—
viajantes em busca de algum lugar para ficar
live de amarras
para sair do lugar
aquelas ruas compridas
apostas muito altas para correr riscos,
ninguém faz compras numa loja de conveniência,
por conveniência”
—
Juliana Hollanda D’Avila