O requisito de Oiticica para as colaborações era que fossem capazes de “assumir o experimental”. Assim, reunia textos teóricos, manifestos, autorretratos, cinepoemas e estruturas espaço-visuais. Em várias páginas, a imagem e o texto são inseparáveis, criando uma sintaxe própria, como proposições poético-visuais
A revista teve projeto gráfico de Óscar Ramos e Luciano Figueiredo. Em formato grande (27 x 36 cm), apresentava-se já na capa como “edição única”, funcionando como uma antologia de poetas experimentais.
A edição conta ainda com a participação luxuosa da tríade concretista, que apadrinhou a geração desbundada da poesia brasileira, que muito corria nos anos de chumbo. Apesar de sua breve existência, a revista é considerada uma das mais importantes da contracultura, tornando-se um marco da nova poesia brasileira na década de 1970.